Chuvas no Rio Cachoeira melhoram condições de abastecimento de água
Com as chuvas dos últimos dias na região sudoeste do Estado, que elevaram o nível dos rios Salgado e Colônia, principais tributários do Rio Cachoeira, a Emasa voltou a fazer a captação direta de água no manancial em Nova Ferradas, em Itabuna, de onde está sendo feito o bombeamento para a Estação de Tratamento de Tratamento de Água (ETA), no São Lourenço. A cheia do final de semana elevou o Cachoeira em até quatro metros, sem o registro de desabrigados ou desalojados nas áreas ribeirinhas.
O registro de chuvas variou entre 130,6 e 134,8 milímetros nas últimas 72 horas em Itororó de acordo com dados dos pluviômetros instalados naquele município pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), vinculado Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Já o acumulado de precipitação em Itapetinga chegou a 60.48 milímetros, podendo chegar em 64.88 milímetros até amanhã.
No Rio Almada o volume de água que chegou até agora não é suficiente para que seja desligado o sistema de captação de água em Castelo Novo. Na Estação de Rio do Braço, a situação já está bem melhor do que o quadro experimentado nos últimos 90 dias. Com isso, será reduzido, gradativamente, o índice de salinidade da água que vem da captação, em Castelo Novo.
Mas a captação de água ainda é insuficiente para estabilizar o bombeamento para Itabuna. A Emasa alerta que, mesmo com as chuvas, é improvável que nos próximos oito dias a água fornecida à população esteja totalmente doce, mas a expectativa é altamente positiva já que, se as chuvas permanecerem por mais 15 dias, principalmente nas áreas da bacia hidrográfica do Rio Almada, onde está a principal estação de captação, a situação de abastecimento se normalize.
“Na linguagem técnica faremos um blended (mistura) entre as águas dos rios Almada e Cachoeira, para reduzir o índice de salinidade e deixá-lo nos índices definidos pela Portaria do Ministério da Saúde. Ou seja, própria para ingestão direta sem danos à saúde da população”, declarou o presidente da Emasa, Ricardo Campos.